Para mudar meu olhar, meu viver

Pra mudar meu olhar, meu viver

Esse título foi tirado do refrão da música da cantora gospel brasileira, Ludmila Ferber, que faleceu em 2022.

Mudar o modo de ver a realidade das coisas é fundamental para sair de certas prisões de ideias, a respeito da eternidade e de Deus que, em situações difíceis apenas endurece a alma.

As crenças religiosas tem várias interpretações a respeito da vida e da morte. Mas quando nos deparamos com o rigor da vida, vemos que não é tão simples assim. 

A vida  nos leva de mãos dadas pelo caminho, atrai outros que, nos apresentam o bem e o mal. Divertimo-nos com ela, mas, a pesar de todo o seu sorriso branco, sua doçura no falar, suas brincadeiras divertidas e o colorido de seu vestido de ceda esvoaçante, ela vai nos mostrando nossas fraquezas emocionais e choramos.

Alguns choram e levantam-se depois e, ela se alegra com nosso levantar. Mas, há outros que acalentam suas dores e, apegados, entram em depressão ou definham.

E lá vamos nós e a vida, subindo e descendo vales, montanhas e planaltos. Até que, nessa aventura experimental, ela, a vida, tira uma espada escondida em seu belo vestido, como diz o poema "Amor" de kalil Gibran, e tira-nos a experiência terrena. Golpeando nosso corpo até expulsar nossa alma dessa experimentação.

Aonde está Deus nesse momento? A música continua dizendo, "Fala comigo, preciso ouvir tua voz Senhor.Fala comigo...olha pra mim"

Deus se cala, diante da ânsia de ouvi-lo. 

O silêncio ensurdecedor não permite orquestra, não permite se quer, um barulho de flauta doce que, adentre a alma em direção ao seu destino factual. 

Deus se cala, pois ele é, também, a mulher de sorriso branco e vestido florido e esvoaçante. Ele que nos leva nessa aventura e ele que nos golpeia no destino fatal.

Mas, porque isso? Qual o motivo dessa aventura então?

 É simples, a vida nos leva a observar ela em toda a natureza, no canto dos pássaros, no verde da flora, no pulsar da fauna, no colorido dos frutos, e sua doçura, e no canto da humanidade que melodia uma canção tranquila, sem instrumentos. 

Usando apenas as cordas dos momentos quando estamos juntos.

 A experiência é para ensinar a não nos distrairmos com as ilusões que criamos a respeito da vida. É necessário meditar nos fatos, pois a eternidade são momentos belos que transbordam o tempo e espaço.

Deus é cruel?  Por que  golpeia-nos depois de nos tratar com tanto rigor e doçura?

Simplesmente para não endurecermos o espírito e nos auto enganar na ilusão da infalibilidade do corpo que, por natureza é terreno e perecível. 

O golpe fatal fere o corpo, mas não fere a mulher doce de vestido esvoaçante que há dentro de nós. Ela permanecerá nos levando juntos pela eternidade que é toda a beleza escondida atrás do véu da experiência. 

Diante disso, qual o nome de Deus? Deus não precisa de nome. Nós é que queremos nomes e definições a respeito da vida Eterna para, nos localizarmos  nessa experiência complexa. 

Mas, Ele está perto e de mãos dadas conosco.

 Maomé, o profeta do Islã, é mais firme , dizendo, Deus está muito perto,  com as mãos em nosso pescoço. ( Que assustador ein)

“Porque estamos mais perto dele do que a (sua) artéria jugular.” (Alcorão 50:16)

* A artéria jugular era onde o sacerdote hebreu cortava, no animal, para fazer o  holocausto.

 Portanto, Deus não está ocupado

; nós, sim, que estamos ocupados com as distrações que criamos nesse mundo em sociedade. 

Carpe Diem!

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