Paris 2024, A Era de prata

FOTO: INTERNET ( Olimpíadas de Paris 2024)

A JORNADA DOS HERÓIS

Por Fábio Correia

Dizem historiadores que Paris na sua era primitiva foi um lugar de culto a deusa Isis egípcia e a deusa Sequana dos celtas. Figuras femininas que representam a força da vida.

As cerimônias de abertura das olimpíadas são um misto de criatividade, história e uma mística própria de sua origem, Grécia, e ao culto aos deuses olímpicos.

Apesar de não vir do cristianismo, ela guarda uma mensagem que a Maçonaria preserva em seu seio : A Fraternidade Universal e a tolerância entre os povos. 

A cerimônia feita em 2024 na cidade de Paris, França, mesmo criticada por cristão mais assustados, trouxe como narrativa a saga do herói Solar, tendo como foco a era de prata ou arquétipo feminino na sociedade, na política, nas ideias e na religião. Mas, vivemos num mundo dual e portanto, está contaminada pela inversão de valores, infelizmente. A abertura Paris 2024, foi uma cerimônia política e de ideologia Queer. 

Vimos várias figuras alegóricas, por exemplo, o  Caronte, guia dos mortos na mitologia grega, figurando o  homem da máscara de ferro e o personagem de Assasin's creed, famoso jogo de game. O Cavaleiro no estilo Game of throne, com estilo Queer Criado pela estilista  francesa Jeanne friot. 

personagem sem face, faz uma aventura por Paris carregando a tocha olímpica, símbolo da energia vital da natureza e das divindades gregas. Representa também o espírito olímpico  em sua jornada heróica pelos jogos olímpicos. A tocha acesa é um símbolo dos valores reais e sagrados da humanidade, como fé, esperança, coragem e liberdade. 

Tudo começa na Grécia. O cerimonial de acendimento da tocha pelas "sacerdotisas de Hestia " em Olímpia ou pelo menos o que restou de Olímpia. Hestia era a pira sagrada que guardava o fogo dos deuses, ou, a mônada. Era arquetipada por uma deusa do lar.

O sol , Apolo, doa aos homens a chispa da vida, representado pelo fogo sagrado que as sacerdorizas de Hestia , a deusa do fogo doméstico, protegia. 

A pira de prata, representação do útero da natureza, recebia os raios do sol que   acenderia a chama da tocha. Neste fogo Vital, os homens se reuniam para as competições. Uma competição em honra a ideia de sagrado que tinha no passado. 

A pira é o universo, a natureza, o coração da humanidade, que foi acesa pela chama, os valores das virtudes, da fraternidade e do bem maior. Se a pira se apaga os homens caem nas trevas, na escuridão e são presos nas masmorras dos vícios, da violência e da loucura, a noite escura da alma dos povos. 

O fogo purifica, o fogo desfaz o que não é valoroso, o fogo ilumina e revela o dia, o fogo condena . Sem esse fogo aceso na pira da humanidade, o mundo fica em trevas. Somente o Sagrado pode elevar o homem a herói verdadeiro. Sem o Sagrado, tudo se torna profanado e corrompido.

O sol é uma alegoria a mônada,   doada pelo ser supremo aos cosmos e aos corpos. 

Os egípcio chamavam de Rá, Amon e Aton. No Brasil os indígenas guaranis chamam de Nhanderu, aquele que nos desperta com alegria. Para o ocidente Cristão é O Cristo, o sol da justiça.

Os jogos fazem parte de uma jornada iniciática. A iniciação do aprendiz até sua maestria, onde ele recebe um emblema, uma medalha pelo seu esforço, aprendizado e trabalho. Nessa iniciação que se é colecionado os heróis.

 Não há perdedores, apenas uma seleção por mérito e esforço. Esses heróis irão servir de exemplo a outras gerações, pois aprenderam o caminho do triunfo, pelo sacrifício. Esses heróis independente da perda de uma medalha ou ganho, o brilho da vontade, esperança e da fé é que os faz entrar nessa jornada, nesta odisseia olímpica.

Outro fato interessante da cerimônia de abertura de Paris 2024, foi a Joana darc num cavalo mecânico prateado cavalgando sobre o Rio sena levando consigo a bandeira das olimpíadas. Uma bela alegoria para a era de Prata, pois Joana teve seu papel importante na história de França. Símbolo de coragem.  Muitos cristãos no mundo, mais precipitados, viram a cena teatral como uma relação com o cavaleiro de apocalipse. Mas há um cavaleiro prata  no livro de apocalipse? A fantasia dos religiosos vai além da razão e chega à injustiça. Mas, de certa forma ali naquela cerimônia que é algo fantástico nas olimpíadas, havia um prenúncio daquilo que está acontecendo, a revolução cultural.

 Joana Darc é a figura da mulher corajosa, guerreira e que tem a garra para vencer todo e qualquer situação mesmo diante da morte. Portando uma figura da Era de prata.

A grife Louis Vuitton participou da cerimônia com sua caixa gigante para as medalhas. Se levarmos isso para a mitologia grega, temas olímpicos, existe um mito chamado Pandora e  sua misteriosa caixa e, também Prometeu o que detém o fogo dos deuses olímpicos para a humanidade. Em fim,  Isso você leitor pode pesquisar,  buscar saber a respeito .


Os anéis olímpicos entrelaçados não apenas representam a união dos continentes, assim como, a tolerância entre os povos na estrita independência.

 Assim se iniciou a jornada da heroína ou herói nessas olimpíadas Paris 2024 

Campbell disse em sua obra”O herói de mil faces, o seguinte : “O herói, por conseguinte, é o homem ou mulher que conseguiu vencer suas limitações históricas pessoais e locais e alcançou formas normalmente válidas, humanas. As visões, idéias e inspirações dessas pessoas vêm diretamente das fontes primárias da vida e do pensamento humanos. Eis por que falam com eloqüência, não da sociedade e da psique atuais, em estado de desintegração, mas da fonte inesgotável por intermédio da qual a sociedade renasce.”


REFLEXÃO SOBRE AS ERAS:



A CÂMARA DE REFLEXÃO 


Tudo se inicia fora do ambiente conservador do estádio olímpico. A tocha é levada ao subsolo dos metrôs de Paris, representando o passado. A partir daquele momento, a nova geração segue a tocha olímpica e, no submundo, ela é entregue a três crianças simbólicas. Elas a levam para as catacumbas, como diz a frase alquímica: V.I.T.R.I.O.L. No submundo, levando o fogo olímpico, elas encontram Caronte, o barqueiro do submundo, em seu barco, pronto para levá-los em uma jornada por Paris.


A jornada dos heróis é guiada pelas chamas de Apolo, deus da Beleza, da Perfeição, da Harmonia, do Equilíbrio e da Razão. Apolo, o iniciador dos jovens no mundo dos adultos, estava ligado à Natureza, às ervas e aos rebanhos, sendo também o protetor dos pastores, marinheiros e arqueiros.


O MUNDO PROFANO


No submundo da cidade Luz, a luxúria e os homens dançam e se beijam, embriagados pelos mistérios de Dionísio, o deus do vinho e da embriaguez. Paris sempre foi conhecida por seus cabarés e vida boêmia. Poetas e artistas frequentavam locais onde a luxúria reinava, como o poeta Rimbaud e o pintor Toulouse-Lautrec. O homem, acolhendo suas sombras, participa de um banquete de prazer, fantasias e alegrias: o banquete dionisíaco ou bacanal, o carnaval da diversidade e da extravagância.


Nesses rituais, Baco era acompanhado por um grupo de mulheres, as Mênades ("mulheres loucas") ou Bacantes, que o seguiam cantando, dançando, tocando pandeiro e, claro, bebendo muito vinho. Na Roma Antiga, os bacanais aconteciam secretamente, inicialmente apenas com a participação feminina. Logo, porém, incluíram os homens, e, além da folia, costumavam ser um local para conspiradores, onde as pessoas se sentiam livres para falar o que pensavam. Aí está, provavelmente, a explicação para Baco ser chamado também de "O Libertador". Baco era retratado tanto como um velho nu comendo uvas quanto como um jovem.


O CASAL SOLAR


Após a tocha ser entregue pelo cavaleiro prateado dos mistérios lunares, o falo flamejante foi revezado entre os heróis do passado até chegar ao Casal Sagrado. Subindo os degraus da iniciação, o casal acende a pira, que se eleva iluminando a lua, o símbolo do sagrado feminino.


Assim termina a jornada da humanidade entre os mistérios solares, a Era Dourada, e os mistérios lunares, a Era de Prata, selando e anunciando a era do feminino no mundo.


HINO DO AMOR


O amor é o milagre. Celine Dion, entre as duas extremidades da torre, canta um hino de amor Ágape, de Edith Piaf: “Mon Amour, crois-tu qu’on s’aime? Dieux réunir ceux qui s’aiment.” Ali, ela proclamou a união entre o céu e a terra, entre os homens e o universo, entre a alma e o espírito. O casamento alquímico entre o sagrado masculino e o sagrado feminino.


Assim, fechamos o belíssimo rito da cerimônia de abertura na França, terra dos Franco-Maçons e dos Rosa-Cruzes, com o seguinte texto de Joseph Campbell:


“Temos apenas que seguir o fio da trilha do herói. E ali onde pensávamos encontrar uma abominação, encontraremos uma divindade; onde pensávamos matar alguém, mataremos a nós mesmos; onde pensávamos viajar para o exterior, atingiremos o centro da nossa própria existência; e onde pensávamos estar sozinhos, estaremos com o mundo inteiro.”


As cerimônias olímpicas são satânicas? Certamente não, mas são luciferianas. São obras de sociedades secretas como a Golden Dawn e as lojas maçônicas de altos graus de poder. Sociedades essas que desejam enfraquecer o poder da Igreja Cristã e implantar um gnosticismo luciferiano. Podemos provar isso? Não. Mas eles deixam sinais.

 Para compreender mais sobre clique :Ritos de passagem


Nota:

A realidade esconde camadas de interpretação onde os profanos vêem uma coisa e os iniciados sabem o que se passa. “ Não atirar pérolas aos porcos, nem rosas aos burros”
























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