Ragnarok interior
Os antigos povos acreditavam que o Divino era como elementos da natureza como o sol, a lua, as estrelas, os raios etc... Essas analogias os ajudava a se integrar com a realidade onde viviam e a sociedade criada por eles. Essas associações poéticas da Realidade suprema no mundo da natureza, seria uma forma das comunidades humanas interagir com sua espiritualidade e sociedade.
O Divino, em suas crenças, era suas supertiçoes, curiosidades, dúvidas e medos. Por esse motivo, os deuses eram como homens e como a natureza ao seu redor, ou seja, para eles o Divino estava integrado ao mundo e dentro deles. O que não deixa de ser verdade.
Mas, em contra partida, esses mesmos povos sabiam que o Divino nem era uma coisa e nem era outra, mas era o Começo e o Fim de tudo que existe dentro e fora do ser humano. Para alguns povos africanos por exemplo, Esse princípio e fim, se denominava Atum ou Aton no antigo Egito.
Já na África central antiga, Olorum era o princípio e o fim. Os deuses eram para eles o intermediário entre a vida e morte. A mente e o destino do Universo.
Os hebreus antigos denominaram de HElohim.
Os sumérios denominava de An ou Anu.
Os antigos chineses o denominava de P'angu.
Os mulçumanos denominam de Allah.
já os Cristãos o Chama de Pai.
No entanto, sem distinção de tradição religiosa, é comumente comhecido pelo termo Deus, com letra maiúscula.
Os espíritas o chama de Inteligência Superior.
Os hindus o chama de Parabraman.
A Plenitude da Plenitude.
Lao tze, pensador Chinês, denominou-o de o grande Tao.
A fé primordial da Alma está na sua solução e na sua absorção e portanto, na essência de tudo e, daí deve ser pautada a verdadeira fé. Naquilo que não dá pra ver externamente, mas que espera tornar-se manifesto em si mesmo e que mude a realidade do ser humano.
A partir dessa lógica, os deuses serão apenas analogias intelectuais feitas pelo o homem e que o Verdadeiro divino se esconde no princípio e no fim dessa nossa realidade terrestre e humana.
Enquanto isso, o homem no seu apego e desespero tenta mudar o meio, entre o Princípio e o fim, através de rituais, cerimônias, símbolos e analogias e doutrinas morais.
A fé verdadeira causa um "Ragnarok" dentro de nós; com os deuses criados por nós, para construir uma nova realidade interna que se transborda para a externa.
Portanto, o verdadeiro Divino ( Princípio e Fim ) deixou-se sacrificar a si mesmo, ser discreto e secreto, para formar e moldar o nosso meio. E derrotar os nossos deuses. Como o mito Chinês de P'angu que do seu corpo fez o mundo, mas o mundo são fragmentos da sua verdade que foi sacrificada. Da morte de Deus, nasceu o mundo . Da ressurreição de Deus nasce a Vida Suprema.
Enfim, assim se pode concluir que a busca do homem está em seu Princípio e seu Fim.
Como a humanidade contemporânea veria Deus, numa sociedade de INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL ?
Situação:
"Pare de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que o ensinaram sobre mim! A única certeza é que você está aqui, que está vivo e que este mundo está cheio de maravilhas."
Spinoza ( Deus de Spinoza)
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